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3ª Estação – Jesus cai pela primeira vez

O caminho rumo ao Calvário é estreito e irregular. Jesus carrega a cruz enquanto é empurrado e vigiado pelos soldados romanos. Seu corpo está enfraquecido pelo sofrimento da noite anterior, pela flagelação cruel e pela coroa de espinhos que ainda fere sua cabeça. A dor é intensa, e o sangue continua a escorrer. A cada passo, a cruz torna-se mais pesada, e a multidão se divide entre curiosidade, desprezo e indiferença.

A certa altura do caminho, debilitado e exausto, Jesus tropeça e cai pela primeira vez sob o peso da cruz. A queda é dura, seu corpo toca o chão e a madeira pesada pressiona ainda mais Suas feridas. Os soldados não demonstram compaixão; gritam com violência, exigem que Ele se levante rapidamente e o empurram com brutalidade. Muitos observam sem dizer palavra, sem perceber que aquele que cai está carregando não apenas uma cruz, mas o peso do pecado do mundo (cf. Jo 1,29).

Mesmo caído, Jesus não permanece no chão. Com esforço, ergue-Se novamente e retoma o caminho. Sua queda revela sua verdadeira humanidade — Ele sente dor, fraqueza e cansaço como qualquer homem. Mas também manifesta sua fortaleza espiritual e sua obediência inabalável ao plano de Deus. Ele permanece fiel, apesar das dificuldades, cumprindo as palavras do profeta Isaías: “Ele tomou sobre si as nossas dores e carregou os nossos sofrimentos” (Is 53,4).

Esta primeira queda mostra que, no caminho da redenção, Cristo assume até as experiências mais duras do ser humano. Ele conhece pela própria carne todas as nossas quedas, limitações e sofrimentos. Mas também nos ensina que cair não é o fim, porque com Ele sempre é possível levantar-se e continuar. Sua perseverança aponta para a vitória final que não acontece sem luta.