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11ª Estação – Jesus é pregado na cruz
Chegado ao Calvário, Jesus é preparado para a crucifixão. Os soldados estendem Suas mãos sobre o madeiro e pregam-nas com cravos pesados. Depois atravessam Seus pés com outro prego, fixando-O definitivamente à cruz. O Evangelho descreve esse momento de forma simples e direta: “Ali o crucificaram” (Jo 19,18). Com poucas palavras, a Escritura narra um dos momentos mais dolorosos da história da humanidade. A crucificação era a forma de execução mais cruel do Império Romano, reservada para os piores criminosos e rebeldes.
Jesus aceita os cravos que perfuram Suas mãos e pés sem resistência. Não amaldiçoa, não acusa, não exige justiça imediata. Pelo contrário, Ele reza por aqueles que O crucificam e diz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Mesmo diante da extrema violência, Jesus permanece fiel à sua missão de amor e de misericórdia. Ao ser pregado na cruz, Ele não só entrega Seu corpo, mas também manifesta o perdão divino até o último instante de Sua vida.
Enquanto Jesus é levantado na cruz, cumprem-se as palavras que Ele mesmo havia dito: “Quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32). O madeiro que antes era símbolo de maldição, torna-se agora o trono da salvação. A cruz é erguida entre dois malfeitores (Lc 23,33), mostrando que Jesus veio para salvar os pecadores. Até no momento de ser pregado, Ele continua evangelizando.
Ao contemplar esta estação, entendemos que a salvação não é uma ideia abstrata. Ela tem um preço real: o sangue derramado do Filho de Deus. Suas mãos, que curaram os doentes, agora são presas ao madeiro. Seus pés, que caminharam para anunciar o Reino, agora são atravessados pelos cravos. Mas é justamente ali, na cruz, que o amor de Deus se revela plenamente.