Músicas, Orações e Liturgia
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Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Devoções Marianas
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um dos tesouros espirituais mais amados da Igreja, símbolo da ternura e da intercessão constante da Mãe de Deus em favor de seus filhos. Sob esse título, Maria é venerada como a Mãe que nunca abandona, a Senhora que nos sustenta nos momentos de dor e nos conduz sempre de volta ao coração de seu Filho Jesus. A origem dessa devoção está ligada a um ícone bizantino do século XIII, uma imagem sagrada repleta de significado teológico e espiritual. De acordo com a tradição, o ícone foi levado de Creta para Roma por um mercador que, diante de grandes perigos durante a viagem, prometeu entregá-lo a uma igreja se fosse salvo. A imagem chegou a Roma em torno de 1499 e, após diversos acontecimentos considerados milagrosos, foi colocada na Igreja de São Mateus, entre as basílicas de Santa Maria Maior e São João de Latrão. Durante mais de três séculos, inúmeros fiéis acorreram ao local para pedir graças à “Mãe do Perpétuo Socorro”, e muitos milagres foram registrados. No entanto, em 1798, durante as invasões napoleônicas, a igreja foi destruída, e o ícone acabou sendo levado para um mosteiro próximo, onde permaneceu oculto por quase 70 anos. Em 1866, o Papa Pio IX, profundamente devoto da Virgem Maria, confiou a guarda e a difusão da devoção aos Missionários Redentoristas, entregando-lhes a imagem com estas palavras: “Fazei-a conhecida em todo o mundo!” Desde então, o ícone original está exposto na Igreja de Santo Afonso, em Roma, onde continua a atrair peregrinos de todos os lugares, e onde a cada semana são celebradas as famosas novenas perpétuas, que se tornaram uma das mais difundidas formas de oração mariana em todo o mundo. O ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é uma verdadeira catequese em imagem. Nele, Maria é representada segurando o Menino Jesus nos braços, enquanto dois anjos — São Miguel e São Gabriel — apresentam os instrumentos da Paixão: a cruz, os cravos, a lança e a esponja. O Menino, assustado diante desses sinais, se volta apressadamente para a Mãe, buscando abrigo em seu colo, e uma de suas sandálias se desprende — símbolo da confiança total e da humanidade do Filho de Deus. Maria, por sua vez, não olha para Jesus, mas para nós, com um olhar profundo e compassivo, como quem diz: “Confiai em mim, pois sou vossa Mãe, e jamais vos abandonarei.” O fundo dourado do ícone representa o Céu, a luz divina que envolve a Mãe e o Filho, indicando que Maria participa da glória de Deus, mas permanece próxima dos homens. O manto azul-escuro simboliza a fé, e a túnica vermelha, a maternidade divina. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é, portanto, a Mãe da Esperança, aquela que está sempre pronta a socorrer os que sofrem, os doentes, os aflitos e os pecadores. Em seu coração não há julgamento, apenas amor e misericórdia. As novenas em sua honra — rezadas semanalmente em milhares de igrejas no mundo inteiro — são expressões vivas desse amor maternal. Nelas, os fiéis apresentam seus pedidos, agradecimentos e promessas, certos de que Maria escuta e intercede com ternura. No Brasil, a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é muito difundida. A imagem está presente em lares, hospitais, comunidades e santuários. Muitos testemunham graças alcançadas por meio da oração perseverante e da confiança em sua proteção. A mensagem dessa devoção é clara e eterna: Maria é o socorro que nunca falta, a presença constante do amor de Deus nas tempestades da vida. Em cada lágrima, em cada súplica, em cada coração ferido, Ela repete as palavras do Evangelho: “Não temas, estou contigo.” Por isso, diante da sua imagem, a Igreja reza com fé e confiança: “Ó Mãe do Perpétuo Socorro, mostrai-nos o vosso poder junto de vosso Filho e vinde em nosso auxílio nas necessidades da vida. Amém.”
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