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Nossa Senhora do Rosário A devoção a Nossa Senhora do Rosário é uma das mais antigas, belas e universais manifestações do amor dos fiéis à Virgem Maria. Sob este título, a Mãe de Deus se apresenta como Rainha do Santo Rosário, convidando o mundo à oração, à contemplação dos mistérios da vida de Cristo e à confiança em sua poderosa intercessão. A origem desta devoção remonta ao século XIII e está profundamente ligada à vida de São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores (os dominicanos). Naquele tempo, a Igreja atravessava grandes dificuldades: o avanço das heresias, o esfriamento da fé e a violência que marcava a Europa. São Domingos, incansável pregador, buscava tocar os corações com a Palavra de Deus, mas sentia que precisava de uma ajuda do Céu para converter os pecadores e renovar a fé do povo. Foi então que, segundo a tradição, em 1208, enquanto rezava na floresta de Prouille, na França, Nossa Senhora lhe apareceu cercada de luz e disse-lhe com doçura: “Querido Domingos, saiba que a principal arma contra os inimigos da fé é o Rosário. Ensina-o e espalha-o pelo mundo.” A partir desse encontro, São Domingos começou a difundir o Rosário como uma forma simples e profunda de oração, que combina a repetição amorosa da Ave-Maria com a contemplação dos mistérios da vida de Cristo e de Maria. Essa prática logo se espalhou por toda a Igreja e transformou-se em um caminho espiritual acessível a todos, dos mais humildes aos mais eruditos. Nos séculos seguintes, a devoção ganhou força e foi confirmada por inúmeros sinais e milagres. Um dos mais célebres foi o da Batalha de Lepanto, em 7 de outubro de 1571, quando a cristandade, ameaçada pela invasão turca, obteve uma vitória milagrosa atribuída à intercessão da Virgem Maria, após o Papa São Pio V convocar todo o povo cristão a rezar o Rosário. Em gratidão, o Papa instituiu a festa de Nossa Senhora das Vitórias, que mais tarde passou a ser chamada de Nossa Senhora do Rosário. Desde então, o Rosário tornou-se a oração do povo de Deus, um compêndio do Evangelho, uma corrente de amor que une o Céu e a terra. Cada dezena recorda um momento da vida de Jesus — seu nascimento, sua paixão, sua glória — meditado à luz do olhar materno de Maria. Assim, o Rosário não é apenas repetição de palavras, mas contemplação viva do mistério da salvação. Ao longo da história, Nossa Senhora reafirmou essa devoção em várias aparições. Em Fátima, por exemplo, em 1917, Ela se apresentou como Nossa Senhora do Rosário, pedindo aos três pastorinhos que rezassem o terço todos os dias “para alcançar a paz e o fim da guerra”. A mensagem ecoa até hoje como um chamado urgente à oração e à conversão. A imagem de Nossa Senhora do Rosário é tradicionalmente representada segurando o Menino Jesus em um braço e o Rosário no outro, simbolizando que Maria nos oferece o próprio Cristo através da oração. Em algumas representações, Ela entrega o Rosário a São Domingos ou a santos devotos, lembrando que essa oração é um dom que vem do Céu. Maria, como Rainha do Rosário, é a Mãe que ensina seus filhos a rezar, que os conduz a Jesus com paciência e amor, que transforma cada Ave-Maria em um fio de luz que sustenta o mundo. O Rosário é, portanto, um caminho de fé, esperança e amor, uma arma espiritual contra o mal e uma fonte de paz interior. A Igreja celebra a Festa de Nossa Senhora do Rosário no dia 7 de outubro, convidando todos os cristãos a redescobrirem a força desta oração que, nas palavras de São João Paulo II, é “um tesouro a ser redescoberto e valorizado”. Rezar o Rosário é entrar no coração de Maria para contemplar o coração de Cristo. É caminhar com a Mãe que conhece as dores e alegrias da vida humana e que nos ensina que, mesmo nas provações, a oração perseverante transforma o sofrimento em bênção e o medo em confiança. Por isso, diante de Nossa Senhora do Rosário, cada fiel é convidado a dizer: “Mãe Santíssima, ensina-me a rezar com o coração, para que em cada Ave-Maria eu encontre o rosto do teu Filho e o amor de Deus que salva.”
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