5ª Estação – Simão Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz À medida que Jesus avança pelo caminho do Calvário, o peso da cruz torna-se cada vez mais difícil de suportar. Seu corpo enfraquecido está exausto e ensanguentado. Os soldados romanos percebem que Ele corre o risco de desfalecer antes de chegar ao local da crucifixão. Para garantir que a execução se realize, eles obrigam um homem que passava pela estrada a ajudar Jesus (cf. Mt 27,32). Esse homem é Simão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo (Mc 15,21). Ele não conhecia Jesus e não se ofereceu voluntariamente para carregar a cruz. Foi forçado pelos soldados. Possivelmente, estava apenas de passagem, talvez voltando do trabalho ou entrando na cidade para a festa da Páscoa. No entanto, naquele momento, sua vida muda completamente: ele se torna participante do maior ato de amor da história, ajudando o próprio Redentor a carregar o instrumento da nossa salvação. Simão aproxima-se de Jesus e toma parte do peso da cruz. Ele não carrega tudo; Jesus continua sustentando-a junto com ele. Mas aquele gesto revela algo essencial do Evangelho: Cristo permite que participemos de Sua obra de redenção. Antes, Ele havia dito: “Carregai os fardos uns dos outros” (Gl 6,2) e agora mostra que também aceita receber ajuda. Ele, o Filho de Deus, permite que um simples trabalhador O ajude, dignificando todo ato humano de solidariedade e amor. Com o tempo, a tradição cristã vê em Simão um símbolo de todos os discípulos que aprendem a seguir Jesus no caminho da cruz. Talvez, no início, ele tenha ajudado por obrigação, mas certamente, ao caminhar ao lado de Cristo, algo mudou em seu coração. A cruz que antes era uma carga imposta torna-se um encontro com o Salvador. E assim acontece conosco: muitas vezes Deus transforma aquilo que parece um peso sem sentido em instrumento de transformação e salvação.