12ª Estação – Jesus morre na cruz Do alto da cruz, depois de três horas de agonia (Mc 15,25.33), Jesus continua oferecido em sacrifício pela salvação do mundo. Ele é insultado pelos chefes do povo, pelos soldados e até por um dos ladrões crucificados ao seu lado (Lc 23,35–39). No entanto, Jesus não responde com ofensa nem com revolta. Pelo contrário, Ele permanece fiel até o fim e continua confiando no Pai. Em meio à dor e ao abandono, entrega palavras que são eternas. Antes de morrer, Jesus reza o Salmo 22, expressando a experiência profunda do abandono: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27,46). Ele sente o peso do pecado da humanidade, que O separa do consolo sensível do Pai. Contudo, Ele não desespera. Ele sabe que está cumprindo a vontade divina. Antes de entregar Seu espírito, ainda oferece amor e misericórdia: perdoa Seus inimigos (Lc 23,34), promete o paraíso ao ladrão arrependido (Lc 23,43) e confia Sua Mãe ao discípulo amado, dizendo: “Eis aí tua mãe” (Jo 19,27). Finalmente, ao completar Sua missão, declara: “Tudo está consumado” (Jo 19,30). Com essas palavras, Jesus anuncia que realizou plenamente a salvação prometida desde o início da humanidade. Ele ofereceu-Se ao Pai como sacrifício perfeito, cumprindo as profecias e reconciliando o homem com Deus. Em seguida, entrega-Se nas mãos do Pai e morre com uma última oração: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). No momento de Sua morte, a natureza reage: “A terra tremeu, as rochas se fenderam” (Mt 27,51). O véu do templo, que separava o Santo dos Santos, rasga-se de alto a baixo (Mt 27,51), simbolizando que, pela morte de Cristo, toda a humanidade agora tem acesso a Deus. Um centurião romano, testemunhando tudo, exclama admirado: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus” (Mc 15,39). A morte de Jesus na cruz não é derrota, mas vitória do amor. Ele morre para nos dar a vida. Sua cruz torna-se a ponte entre o céu e a terra.